terça-feira, 27 de julho de 2010

Rio e Minas Gerais podem decidir as eleições

Dois Estados despontam como fiéis da balança na disputa presidencial deste ano: Minas Gerais e Rio de Janeiro, segundo os números apurados pelo Datafolha.


O eleitorado de Minas Gerais é de 14,5 milhões (10,7% do país). O do Rio é de 11,6 milhões (8,5%). O Datafolha mostra Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) muito próximos na preferência de eleitores mineiros e fluminenses. Um quadro bem diferente de eleições presidenciais anteriores, quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu por largas margens.


Em Minas Gerais, Lula ganhou a disputa em 2002 com 47% contra 20% de José Serra. Em 2006, o petista pontuou 46% contra 37% do tucano Geraldo Alckmin.


Agora, Dilma aparece com 35% contra 38% de Serra entre os eleitores mineiros (a margem de erro nesse caso é de três pontos percentuais).


Em tese, portanto, a candidata de Lula ainda tem espaço para repetir a votação de seu padrinho político -mas não há elementos que possam provar o quanto ela conseguirá avançar, ou não.


O Rio tem um cenário parecido. Lula teve 38% em 2002. Serra ficou com apenas 8%. É que naquele ano também foi candidato a presidente Anthony Garotinho, pelo PSB, obtendo uma votação parecida com a de Lula entre os fluminenses.


Em 2006, o petista subiu para 44% no primeiro turno, contra 26% de Alckmin.


Agora, a vantagem de Dilma para Serra no Rio é de seis pontos: 37% contra 31%.


Juntos, Minas e Rio respondem por 19% dos eleitores do país. Quase um quinto dos votos. Por enquanto, o comportamento final dos mineiros e dos fluminenses ainda é uma incógnita.


Há outros Estados no país nos quais essa indefinição também existe -mas não têm o peso de Minas e Rio, donos do segundo e do terceiro eleitorados estaduais.


Esse é um fenômeno também visto em eleições presidenciais nos EUA. Estados relevantes eleitoralmente são chamados de pêndulos, por ainda não estar certo para qual lado poderão balançar na disputa.


No Brasil, o lado que Minas Gerais e Rio de Janeiro escolherem até outubro será vital para se saber se o vencedor será Dilma ou Serra.


Fernando Rodrigues - Folha de São Paulo

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