segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Resgatado recém-nascido raptado



Quase 22 horas depois de ser raptado, o recém-nascido levado da maternidade do Hospital da Providência, em Apucarana (Norte do estado), foi encontrado pela polícia na noite de ontem na cidade vizinha de Cambé. O bebê estava com a auxiliar de enfermagem Marlene Maria de Lima, 40 anos, que foi presa, e com a filha dela, de 16 anos, também detida. Elas estavam escondidas na casa de parentes. Marlene é moradora em Mauá da Serra (Região Central) e trabalha como enfermeira do Pronto Atendimento Municipal da cidade.

Segundo a Polícia Civil, ela teria planejado o roubo para dar o recém-nascido à filha. A adolescente pretendia manter um namoro, alegando estar grávida. O rapto, que gerou revolta e comoção em todo o Paraná, é semelhante ao enredo da novela Senhora do Destino, veiculada pela TV Globo entre 2004 e 2005.

Por volta das 20 horas de ontem, Nicolas, que nasceu com 3,8 kg e 50 cm, voltou aos braços da mãe Thais Braga da Silva Henriques e do pai Lincon Henriques. Foi um final feliz para um drama que começou no início da noite de quarta-feira.

O bebê foi levado da maternidade pouco mais de duas horas após o parto, perto das 21 horas. Se gundo a polícia, Marlene pegou o bebê dos braços da avó Tereza Braga dizendo que iria fazer a coleta de sangue para o teste do pezinho. Ela se identificou como enfermeira “Márcia”. Ao estranhar a demora, a avó se deu conta do sumiço e comunicou o hospital, que acionou a polícia.

Segundo outros enfermeiros, a falsa enfermeira havia tentado levar outros dois bebês, antes de conseguir pegar Nicolas. “Tiramos fotos do bebê no quarto e aí apareceu essa falsa enfermeira, que pediu para que saíssemos do quarto porque ela iria fazer o teste do pezinho. Tinha uma segunda enfermeira junto, que disse não ter visto nada. Quase que ela pega uma outra criança, mas isso não aconteceu porque uma tia do bebê impediu”, contou Lincon.

Thais entrou em desespero ao saber que o filho havia sido raptado e precisou ser sedada. Teste munhas relataram que a falsa enfermeira era baixa, morena, obesa, de cabelos negros compridos e trajava roupas brancas. Com base na descrição e no relato de testemunhas, a polícia rastreou o paradeiro do bebê. A delegada Ana Cláudia Machado, do Serviço de Investigação Crian ças Desaparecidas (Sicride), veio de Curitiba para auxiliar na in vestigação.

A direção do Hospital da Pro vi dência admitiu, em entrevista co letiva, a fragilidade da segurança e informou que irá contratar com urgência mais pessoas para trabalhar na recepção do estabelecimento e instalar câmeras de monitoramento em diversos setores do prédio.



Fonte: Gazeta do Povo/Fotos:André Veronez

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