sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Irã afirma que americana acusada de espionagem será libertada neste sábado

A prisioneira Sarah Shourd, que está no grupo de três supostos turistas americanos detidos no Irã há mais de um ano acusados de espionagem, será libertada neste sábado em Teerã, informaram fontes oficiais iranianas.

O diretor-geral do escritório da imprensa nacional do Ministério de Orientação Islâmica iraniano, Ehsan Ghazizadeh Hashemi, indicou que a libertação acontecerá em um hotel da capital, segundo a agência estatal "Irna".

"Este gesto vai ser feito pela celebração de Eid al-Fetr (fim do Ramadã, mês sagrado islâmico), e mostra a anistia islâmica", afirmou Hashemi, que não quis identificar a pessoa que será liberada, apesar de o porta-voz da Missão iraniana na ONU, Bak Sahraei, tê-lo feito anteriormente.

"Gostaria de confirmar que o Irã libertará Sarah Shourd muito em breve", disse Sharaei, em e-mail enviado quinta-feira.

Sarah, 31 anos, foi detida junto a seus companheiros Shane Bauer e Josh Fattal, ambos de 27 anos, em 31 de julho de 2009, quando o grupo aparentemente fazia caminhada no Curdistão iraquiano e entrou por engano em território iraniano.

As autoridades iranianas os acusaram de espionagem, enquanto eles garantem ser turistas que entraram no Irã sem intenção.

As mães dos três detidos protestaram no último dia 30 de julho na sede da Missão de Teerã perante a ONU para exigir a libertação de seus filhos após um ano de detenção.

Elas afirmaram que não tiveram nenhum contato com seus filhos depois da visita que o Governo iraniano permitiu que realizassem a Teerã em maio, quando estiveram com eles pela primeira vez desde sua detenção.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, o general James Jones, colocou recentemente a libertação dos turistas como uma das condições para que possa acontecer uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

O anúncio da libertação de um destes três detidos chega dois dias depois que o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Ramin Mehmanparast, afirmou que o caso judicial contra estas três pessoas, às quais acusou de entrada ilegal no Irã, ainda não foi completado.

O Irã comemora nesta sexta-feira a festa de "Eid al-Fetr" que encerra o Ramadã, mês de jejum muçulmano.

Folha de São Paulo

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