segunda-feira, 2 de agosto de 2010

FBI cria perfis em redes sociais para capturar criminosos


O FBI e outras agências federais dos EUA estão usando redes sociais como Facebook, Orkut e Twitter para buscar informações, provas e testemunhas que possam ajudar a solucionar processos criminais, e até mesmo rastrear suspeitos, de acordo com um memorando do departamento de justiça norte-americano recém-divulgado.

Segundo o jornal britânico "Guardian", o documento, obtido pela Electronic Frontier Foundation – fundação de defesa dos direitos civis nos meios eletrônicos, mostra que os agentes federais criam perfis falsos em diversos sites de relacionamento com o objetivo de estabelecer contato com possíveis testemunhas e suspeitos para extrair informações que colaborem com as investigações de diversos casos.

Além do uso de salas de chat para atrair suspeitos de pornografia infantil e predadores sexuais, autoridades policiais começam a invadir as redes sociais, em busca de informações adicionais, como fotos, atualizações de status e lista de amigos, muitas vezes de acesso público. Com isso, é possível comparar os depoimentos prestados às autoridades com o que foi postado nos sites de relacionamento e checar a veracidade de álibis, por exemplo.
Para o ex-procurador de segurança cibernética dos EUA Marc Zwillinger, os investigadores federais devem manter seu disfarce tão bem feito em ações na internet quanto nas que realizam no mundo real, mas acredita que as regras precisam ser mais claras.

“Essa nova situação apresenta uma necessidade de supervisão cuidadosa para que a aplicação da lei não use redes sociais para interferir em algumas de nossas relações mais pessoais”, disse Zwillinger à Associated Press.
Um caso que ilustra essa nova estratégia dos agentes federais foi a captura de Maxi Sopo, procurado em Seattle sob acusação de fraude bancária, que estava foragido. A página do suspeito no Facebook era privada, ao contrário de sua lista de amigos, que era pública. Entre os amigos de Sopo, os agentes encontraram um ex-funcionário do Departamento de Justiça que não sabia que o amigo virtual era procurado nos EUA. Quando Sopo começou a postar mensagens sobre sua nova vida no México, o amigo on-line repassou as informações que permitiram que a polícia mexicana efetuasse a prisão do foragido, ocorrida em setembro do ano passado.
g1.globo.com/Noticias/Tecnologia

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