O pedreiro Alyson Bruno de Souza, 19, foi preso ao tentar entrar nos EUA pelo México, de maio a junho deste ano, com um amigo. Na volta, os dois tentaram convencer os primos Juliard Fernandes, 19, e Hermínio Santos, 24, a não viajar. Fernandes é um dos 72 imigrantes mortos por traficantes mexicanos, na semana passada. Documentos de Santos também foram achados no local.
Souza conta sua história de imigração a Rodrigo Vizeu, enviado especial da Folha de S.Paulo a Sardoá, em Minas Gerais.
"A gente preferiu ir na loucura mesmo, por nossa conta. Pegamos ônibus para [Governador] Valadares e depois para Belo Horizonte. Depois, avião com conexão no Panamá e até a Guatemala", diz.
"Fizemos três viagens de ônibus até chegar perto da fronteira. Você anda sem rumo, com fome e sede, e os coiotes ficam avisando toda hora que, se se perder, será sequestrado por traficantes".
"Você não sabe onde está andando porque não tem estrada. A gente andava subindo e descendo montanha, era só areia e pedra. Também fomos escondidos dentro de um caminhão de tomates".
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