quarta-feira, 28 de julho de 2010

Brasil deixa a desejar contra corrupção de estrangeiros, diz ONG

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela ONG Transparência Internacional mostra que o Brasil está entre os países que menos combatem a corrupção envolvendo cidadãos estrangeiros e empresas de outros países.

O documento, apresentado em Berlim, analisa as medidas tomadas por 36 países, entre eles o Brasil, para implementar a Convenção Anticorrupção da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo a Transparência Internacional, que se dedica ao combate à corrupção, apenas sete países executam de modo exemplar medidas contra a corrupção por estrangeiros: Dinamarca, Alemanha, Itália, Noruega, Suíça, Grã-Bretanha e Estados Unidos. Estes países são responsáveis por 30% das exportações mundiais.

Um segundo grupo de nove países mostra, de acordo com a ONG, progresso na punição de casos de corrupção por empresas e cidadãos estrangeiros. Entre eles estão sete nações desenvolvidas e duas emergentes, Coreia do Sul e Argentina.

O Brasil está em um grupo de 20 nações que não progrediram e que "não aplicam ou aplicam pouco" as regras da OCDE para punir a corrupção estrangeira no país, de acordo com o estudo.

Entre essas falhas encontradas no Brasil estariam a falta de leis para incriminar empresas que tomam parte em esquemas de corrupção, sanções inadequadas e a ausência de recursos legais para punir as matrizes de empresas corruptas em seus países de origem.

O estudo diz que o fato de que 20 países não executam as leis anticorrupção como deviam, incluindo o Canadá, que é membro do G8 (grupo dos oito países industrializados do mundo), "é perturbador".

A principal causa para o pouco progresso nessas nações seria a falta de determinação por parte dos governos, que devem estabelecer órgãos especiais para cuidar do assunto, dizem os autores da análise.

No Brasil falta também pessoal especializado, treinamento e um sistema adequado para pessoas que querem fazer denúncias de corrupção, diz a Transparência Internacional.

Fonte: Uol, Folha de São Paulo

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