quarta-feira, 28 de julho de 2010

Capital terá 13 novos radares contra excesso de velocidade



Os motoristas que circulam por Belo Horizonte devem ficar atentos. Em nove dias, 13 novos radares irão registrar os flagrantes de excesso de velocidade. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) ainda não informa o local exato de cada um dos equipamentos, mas ontem, por meio de nota oficial, confirmou que um contrato emergencial para o serviço estará em vigor a partir da sexta-feira, dia 6 de agosto.

No último dia 22, o Ministério Público foi informado oficialmente sobre a medida, válida por seis meses. Atualmente, Belo Horizonte tem 37 radares fixos de controle de velocidade.
Na manhã de ontem, a reportagem de O TEMPO percorreu os principais corredores de trânsito da cidade e encontrou pelo menos quatro dos novos equipamentos já instalados. Na avenida Presidente Carlos Luz (Catalão), na altura do bairro Caiçara, em frente ao Shopping Del Rey, são dois aparelhos. Na Antônio Carlos (sentido centro), na Lagoinha, há um outro radar. A avenida Heráclito Mourão de Miranda (Atlântida), no bairro Santa Terezinha, também está equipada. Esse último radar fica no sentido Abílio Machado.

A BHTrans garante que as multas ainda não estão sendo computadas, mas ontem, em alguns dos trechos, foi possível flagrar motoristas freando bruscamente ao notar os aparelhos. Em nenhum dos locais há sinalização de alerta. "Está todo mundo freando e correndo risco de um acidente", reclamou o empresário Vicente Teixeira, que mora a cem metros de um dos novos radares.

Licitação. A novela sobre os radares da capital se arrasta desde 2007. Cancelado no por acúmulo de recursos das empresas que disputam a licitação, o processo foi reiniciado em setembro de 2009. Ao todo, o contrato prevê a instalação de 50 radares fixos e três móveis, mas, por ordem judicial, a licitação está paralisada. O contrato de R$ 21 milhões é para 30 meses. Um adendo, de dezembro do ano passado, prevê ainda a instalação de 40 radares de avanço de semáforo e outros 12 de invasão de faixa de ônibus.

Segundo a assessoria de imprensa da BHTrans, os 37 radares em funcionamento atualmente são fruto de um contrato que vence no próximo dia 5. Como a licitação já previa o funcionamento dos 50 radares de registro de velocidade, a BHTrans decidiu incluir os 13 aparelhos restantes no novo contrato.

Como ainda não há vencedor da licitação, a manutenção dos equipamentos será feita pelas quatro primeiras colocadas até agora: Dataprom Equipamentos e Serviços de Informática, Splice Indústria, Comércio e Serviços Ltda, Eliseu Koppo e Cia e Consórcio BH Segura. Essa última havia ficado em primeiro lugar na concorrência, mas foi desclassificada por incompatibilidade técnica.

PM e guarda multam mais que pardais
Somente no primeiro trimestre deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte já arrecadou R$ 10 milhões com multas aplicadas no trânsito da cidade. Desse valor, segundo a administração municipal, R$ 3,9 milhões são oriundos de notificações emitidas pelos 37 radares. Outros R$ 6 milhões resultam de multas emitidas pelos 120 agentes da guarda municipal e policiais do Batalhão de Trânsito. Ainda assim, a prefeitura informa que existe um déficit no balanço financeiro, pois a despesa supera a receita em quase R$ 6 milhões. (RRo).


Surpresa
Sem sinalização nas ruas, motorista estranha aparelhos
Ainda que não estejam emitindo multas, os novos radares já têm causado estranhamento entre os motoristas. Em alguns dos trechos onde os aparelhos já estão funcionando, freadas bruscas têm sido comuns, principalmente porque não há qualquer tipo de sinalização para quem passa pelo local.

Na avenida Heráclito Mourão de Miranda (Atlântida), no bairro Santa Terezinha, a reportagem acompanhou, ontem, os últimos ajustes feitos por técnicos de uma das empresas terceirizadas para dar manutenção. “Está prontinho para multar. Falta só autorização da BHTrans”, disse um funcionário. O policial militar Ailton Aristeu conta que os carros estão parando em cima da faixa de pedestre, quando veem o equipamento.

Na avenida Carlos Luz, em frente ao Shopping Del Rey, alguns moradores disseram que gostaram da notícia. Para a doméstica Soraia Batista, que mora na região há 30 anos, o controle de velocidade vai ser bom para a segurança de quem precisar atravessar a avenida, todos os dias. “É raro passar um mês sem morrer alguém atropelado aqui”, disse ela.

A Catalão tem velocidade máxima de 60km/h, mas é comum os carros passarem acima do limite, segundo Elias Silva, que frequenta um bar na região.

Na avenida Antônio Carlos, em frente ao conjunto IAPI, onde foi colocado outro radar, os moradores também gostaram da ideia. “As pessoas passam aqui como se fosse Fórmula 1”, reclamou um morador.
Jornal O Tempo
NOTA DO BLOG: Radares podem até diminuir a velocidade que os motoristas dirigem mas não coibe que aconteçam acidentes e atropelamentos. Para evitar mais acidentes, acreditamos que o ideal seria mais Policiamento de Trânsito em tais vias PRINCIPALMENTE EM FRENTE AS ESCOLAS E UFMG.

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